quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A ESTRADA SOLITÁRIA

Em uma noite turbulenta e tempestuosa, um jovem andava para um ponto de ônibus, em busca de esperar a chuva passar. A estrada era de terra e logo perto existia um cemitério, caótico e antigo. Ali havia cadáveres já corroídos de tanto esperar o tal ônibus chegar. O horário não colaborava, já passava das onze e o transporte atrasava.
Ao seu lado, aparece uma esbelta moça, com um caderno na mão e intacta da chuva, estranho, não? Ela permanece calada ,com vestes nada modernas e cheirando a flores. Com medo da solidão o rapaz, diz:
-Olá? Que chuva! 
Ela apenas sorri de canto, soando estranho...
Depois de muito tempo ela expressa:
-Eu já estou acostumada som a solidão. Ninguém comparece a essa estrada há um bom tempo.
A chuva aumenta e com ela o silêncio.
Já são 23:30 e o veículo tarda ao chegar. A solitária Agnes continua olhando para o mesmo local, calada e incrivelmente seca. O rapaz não faz ideia de onde aquela mulher pode ter vindo. O seu mistério e beleza o deixavam totalmente fascinado.
Uma certa iluminação vem de longe. Depois de um bom tempo sentado ali, observando a senhorita de pele pálida, Agnes transforma sua feição e diz:
- O meu horário é este e ele não vai mais se repetir;
Essas foram suas últimas palavras após se jogar na frente do ônibus, que nunca mais faria outra viagem. O rapaz visitou novamente aquele ponto de ônibus, mesmo com o trauma. Encontrou o velho senhor coveiro por lá, que o disse:
-Você novamente por aqui? Ela deixou isso para você.
Era o caderno pequeno de Agnes e nele continha uma mensagem.
''Não se esqueça, o ônibus das 23:30 não irá mais voltar. Ele não existe há cinco séculos. Aproveite a solidão, agora ela é sua.''
O rapaz nunca mais foi visto.


Estória real, com nomes fictícios.

Maria Clara Ferri Eumenov - 1D - EE Luiza de Abreu

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