Em uma cidadezinha do interior, muito pequena, com média de 12 mil habitantes, tranquila como toda cidade pequena, tinha uma usina ajudava muito à cidade. Era uma usina muito antiga, da época dos escravos, por isso tinha muitos lugares antigos como casa, estações, casarões, tudo datado de 1800.
Um dia, os alunos da Escola Luzia de Abreu, estavam na aula de arte e a professora comentava sobre as coisas que eram assombradas dessa usina. Lembro como se fosse ontem. A professora contou também a história de uma mata. Dizia que um dos primeiros donos, os Magalhães eram muitos ricos. O filho de um dos donos tinha de tudo e foi fazer trilha com um jipe, que tinha ganhando de seu pai. Ele resolveu ir com seus amigos e no meio dessa trilha, o jipe capotou e, infelizmente, todos foram mortos.
Isso deixou a cidade inteira muito chocada. Os corpos foram retirados do local, mas o jipe fiou lá. Os Magalhães acharam que não tinha necessidade de retirá-lo. Os alunos ficaram curiosos e indignados com isso. Um dia, se reuniram e de bicicleta resolveram procurar o tal jipe. Como tinha se passado mais de 200 anos, eles pensaram que não existia mais nada. Então, em um sábado de manhã, foram fazer a visita.
Comigo, éramos dez garotos que, chegando lá, ficamos com medo e não queríamos entrar. Logo na entrada tinha duas placas: não entre! Não foi acidente! Mesmo assim, entramos e andamos mais ou menos uma hora, até que dois meninos viram um reflexo: Era o espelho do tal jipe., Quando chegaram lá, uma surpresa. O jipe estava igual ao dia do acidente e com uma marca de sangue escrita: "nem mais um passo".
Somente eu respeitei, pois estava cheio de medo. Os demais entraram e começaram a tirar muitas fotos e brincar. Cinco deles entraram e quatro ficaram na caçamba. Quando menos esperaram, o jipe ligou, travou as portas e amarrou as pernas de quem estava na caçamba. O jipe pulou num barranco e só escutei as vozes:
- Nícolas, corre! Traz ajuda, por favor!
Corri, corri tanto, que minhas pernas já não respondiam, porém, consegui sair da mata. Encontrei dois guardas, que chamaram policia, ambulância e até os caças fantasmas. Até hoje, não teve sinal de nada, nem do jipe, nem moleques. Ate hoje, quem passa lá perto por volta das 23h00, escutará gritos e vozes como:
- Socorro! Socorro! Busquem ajuda, por favor!
Depois disso, nunca mais fui a mesma pessoa.
Nicolas Wenzel - 1C - EE Luzia de Abreu
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