quarta-feira, 31 de outubro de 2018

PENHASCO

   
Em uma pequena vila vivia uma garota, tímida, muito comportada e muito quieta. Ela socializava muito pouco com as outras crianças. As pessoas a consideravam estranha. Era como se não aceitassem o modo fechado da menina. Sua mãe era muito apegada a ela. Seu pai havia ido embora quando a gravidez foi descoberta, deixando-a numa situação de miséria. Anny, a mãe da menina, trabalhava até tarde da noite. Sua casa ficava quase dentro da floresta, pouco afastada da pequena civilização. A garota - cujo o nome ninguém nunca soube - passava o dia sozinha, na companhia apenas de pequenos animais. Apesar de tudo, de morar com apenas sua mãe e não ter praticamente ninguém para brincar e desabafar, como uma garota normal da sua idade, ela era feliz.
    Aos 14 anos sua vida era a mesma. Sozinha na maior parte do tempo, sendo motivo de chacota a todo momento. Ela sentira que algo, de alguma forma, mudaria. Seu aniversário chegaria logo. Não esperava nada muito grande, imaginava que seria um aniversário como todos os outros. Algumas crianças do vilarejo e que frequentavam a mesma escola da "estranha" sabiam do tal dia, que coincidentemente, era no mesmo dia do Halloween. Elas resolveram pregar uma peça na menina. Disseram a Anny - a mãe - que a menina merecia uma surpresa e queriam se tornar amigos dela.
    Nos seus quinze anos, ao bater da meia noite, cinco crianças de idade variadas foram buscá-la. Ela, sem muita vontade, foi só pelo sorriso de sua mãe, que se sentia feliz em vê-la com pessoas que, aparentemente, gostavam mesmo da companhia de sua filha e a queriam bem. Todos foram para o meio da floresta, onde a casa já não podia mais ser vista, Pegaram um crânio de um corvo e colocaram na cabeça da menina, que em prantos, gritava pedindo socorro. 
     Ela corria, enquanto ouvia xingamentos e insultos que comprovavam o quanto esse aniversário não seria como os outros. Há alguns passos de um penhasco, as crianças a seguraram e lhe fizeram várias torturas psicológicas, fazendo com que a menina se debatesse. Soltando-se e mais uma vez correndo, sem poder ver nada, a garota então, por um segundo, ouviu um grito, alto e aterrorizante, dizendo: NÃO! 
     Nesse instante as crianças estavam chorando, em pânico com a queda. A mãe foi avisada com a versão de que a garota havia se desequilibrado, enquanto eles brincavam. Destruída, pois sua única felicidade, agora, estava morta, trancou a casa e foi para o mesmo penhasco e, a mesma forma, pôs fim a sua vida. As crianças, hoje em dia, adultos, vivem com alucinações e escutam sempre coisas assustadoras, vindas de uma alma sofrida e inocente, que um dia lhes deram algo muito valioso: a confiança. Esta, por sua vez, também se fora, junto com a queda, num som pesado, numa lua cheia, num céu nublado, num dia de halloween.

Amanda Martins de Barros - 1D - EE Luzia de Abreu

O LOBISOMEN DA FAZENDA OLHOS D'ÁGUA

       
Era uma vez, um homem chamado Eduardo. Ele queria visitar uma fazenda chamada fazenda "Olhos d'água". Como não tinha ninguém para o levar, então ele falou com o vizinho para emprestar o seu burro, Juscelino. O vizinho então emprestou o burrinho. Porém, Juscelino não queria levá-lo na fazenda, porque havia boatos que existia um lobisomem por lá. Então, Eduardo falou para Juscelino, que tinha uma burrinha linda na fazenda. O burro Juscelino logo se animou a levar Eduardo na fazenda.
          Chegando na porteira, tinha um cacho de abelhas. Algumas delas picaram Juscelino, que saiu correndo em disparada. O animal arrebentou a porta da casa de um senhor. Eduardo levantou depressa e pediu perdão pela porta quebrada, dizendo que iria compra outra, e o senhor:
           -Não tem problema, não. Mas oque você veio fazer na fazenda "Olhos d'água". Eduardo, respondeu:
           -Senhor, eu só vim acampar e conhecer a fazenda.
           -Muito bem! Se você quiser, posso acampar com você.
           Sem responder, Eduardo saiu junto com Juscelino, para comprar a porta que ele tinha quebrado. Depois de pagar a porta, o vendedor perguntou :
           -De onde você vem?
           -Da fazenda "Olhos d'água". Disse Eduardo.
           -Você é doido de morar ali? Tem um lobisomem lá! Boa sorte!
           Foi daí que Eduardo entendeu o nome da fazenda "Olhos d'água". Ele voltou com os olhos cheios de lágrimas e com a porta. Parou e foi conversa com o senhor, dizendo para ele:
           -O senhor não precisa acampar comigo mais tarde.
           -Não, não! Vamos acampar juntos. Hoje a lua vai estar cheia, o céu limpo. Assim que é bom!
           Chegou a noite. Eduardo avistou de longe o senhor vindo sem barraca nenhuma, que falou: 
           -Eduardo! Não encontrei minha cabana. Vamos ter que dormir juntos na sua. 
           -Então, tá. Disse Eduardo.
           Chegou tarde da noite, Eduardo sem dormir, olhou para o senhor que estava até babando. Eduardo virou de lado e dormiu.
           Quando deu meia-noite, o senhor começou a virar um lobisomem. Vendo que Eduardo dormia, ele o atacou, mordendo seu pescoço. Depois disso, Eduardo levantou, assustado e percebeu que era só um sonho! 

Ismael Alves - 1D - EE Luzia de Abreu

O MONSTRO DO CECOI

Era noite de lua cheia. Estava tudo muito escuro, quase sem estrelas no céu. Escutavam-se barulhos esquisitos e arranhões. Assustados com os ruídos, os moradores não conseguiam dormir. Os trabalhadores não tinham coragem de trabalhar, por conta do barulho e também porque estava muito escuro. Era meia noite e os barulhos aumentaram, Tentaram ver da janela, mas se assustaram com o que viram. Era um tipo de animal com as pernas viradas ao contrário. Com as unhas enormes, ele andava torto e mancava. Até que amanheceu e foram ver o estrago que ele tinha feito no CECO. Foram ver no campo de futebol, pois o barulho vinha de lá e acharam um galho de árvore caído com vários arranhões. Mas, até hoje não se sabe que animal ou que coisa era aquela.

Caroline Fernandes Cristensen - 1C

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A CRUZ


Certo dia, Paulo, cansado de ser esnobado por sua namorada, resolve dar um presente a ela. Porém, sem dinheiro para comprar um presente, decide passar em no cemitério. Chegando no cemitério, Paulo procura a flor mais bonita. Anda, caminha e não encontra. Então, resolve roubar uma cruz de bronze. Ele a pega, coloca no bolso e começa a caminhar. 

Chegando em casa, já tratou de tirar a cruz do bolso e colocar em um embrulho bonito. A mulher sem saber o que era, falou que abriria após o jantar. Então saíram, deixando a cruz em cima da cama Jantaram e conversaram. Quando voltaram ao quarto, acharam a cruz com um bilhete, o qual dizia: "Devolva-me o que é meu!"
Paulo sem saber como reagir, tomou o  bilhete e o jogou no lixo. A mulher então abre o embrulho e se depara com a cruz. Agradece o presente, pendura-o no quarto e resolve ir dormir. Durante a noite ,Paulo e sua mulher tiveram vários pesadelos. Logo pela manhã, foram discutir sobre eles.

Paulo disse que tinha sonhado com uma mulher e que no sonho ela dizia varias frases, mas a que ela falava com maior frequência era: 
- Devolva o que não te pertence!
A mulher conta que sonhou com a mesma moça, de estatura alta, pele branca e olhos profundos. Então sem entender, continuam o dia normalmente, mas, com a consciência pesada. Quando a noite chega e eles retornam à casa, encontram o quarto todo revirado e pichado. Porém, a única coisa intacta era a cruz. 

A mulher olha para Paulo e diz que acha melhor devolverem a cruz à loja na qual ele comprou. Paulo então concorda, pega a cruz e resolve ir devolver ao tumulo. Chegando ao túmulo, encontra um bilhete dizendo: "Ainda bem que chegou a tempo". Paulo deixa a cruz e sem entender, volta para casa, Ao chegar, encontra sua mulher amarrada em uma cadeira, toda ensanguentada. Então, ele corre para ajudá-la. Ele desamarrou-a e percebeu que ela não falava. Paulo liga para ambulância e eles chegam rápido .

No dia seguinte, Paulo então descobre que sua amada havia ficado muda, pois suas cordas vocais haviam sido cortadas e que ela não havia morrido por muito pouco. A partir daquele dia, Paulo começou a crer mais em Deus e a ir à igreja. Hoje Paulo esta viúvo e trabalha como agente funerário, no mesmo local onde a história começou .

João Pedro Lucas Lopes - 1ºC - EE Luzia de Abreu

VISITA À MATA SAGRADA



Em uma cidadezinha do interior, muito pequena, com média de 12 mil habitantes, tranquila como toda cidade pequena, tinha uma usina ajudava muito à cidade. Era uma usina muito antiga, da época dos escravos, por isso tinha muitos lugares antigos como casa, estações, casarões, tudo datado de 1800.

Um dia, os alunos da Escola Luzia de Abreu, estavam na aula de arte e a professora comentava sobre as coisas que eram assombradas dessa usina. Lembro como se fosse ontem. A professora contou também a história de uma mata. Dizia que um dos primeiros donos, os Magalhães eram muitos ricos. O filho de um dos donos tinha de tudo e foi fazer trilha com um jipe, que tinha ganhando de seu pai. Ele resolveu ir com seus amigos e no meio dessa trilha, o jipe capotou e, infelizmente, todos foram mortos.

Isso deixou a cidade inteira muito chocada. Os corpos foram retirados do local, mas o jipe fiou lá. Os Magalhães acharam que não tinha necessidade de retirá-lo. Os alunos ficaram curiosos e indignados com isso. Um dia, se reuniram e de bicicleta resolveram procurar o tal jipe. Como tinha se passado mais de 200 anos, eles pensaram que não  existia mais nada. Então, em um sábado de manhã, foram fazer a visita.

Comigo, éramos dez garotos que, chegando lá, ficamos com medo e não queríamos entrar. Logo na entrada tinha duas placas: não entre! Não foi acidente! Mesmo assim,  entramos e andamos mais ou menos uma hora, até que dois meninos viram um reflexo: Era o espelho do tal jipe., Quando chegaram lá, uma surpresa. O jipe estava igual ao dia do acidente e com uma marca de sangue escrita: "nem mais um passo".

Somente eu respeitei, pois estava cheio de medo. Os demais entraram e começaram a tirar muitas fotos e brincar. Cinco deles entraram e quatro ficaram na caçamba. Quando menos esperaram, o jipe ligou, travou as portas e amarrou as pernas de quem estava na caçamba. O jipe pulou num barranco e só escutei as vozes:
- Nícolas, corre! Traz ajuda, por favor!

Corri, corri tanto, que minhas pernas já não respondiam, porém, consegui sair da mata. Encontrei dois guardas, que chamaram policia, ambulância e até os caças fantasmas. Até hoje, não teve sinal de nada, nem do jipe, nem moleques. Ate hoje, quem passa lá perto por volta das 23h00, escutará gritos e vozes como: 
- Socorro! Socorro! Busquem ajuda, por favor!
Depois disso, nunca mais fui a mesma pessoa.

Nicolas Wenzel - 1C - EE Luzia de Abreu

ISSO NÃO TE PERTENCE!

Havia três amigas vizinhas, que moravam perto de um cemitério. Em uma tarde de sábado, elas estavam brincando de bola, em frente à casa de umas delas. Por azar, a bola havia caído no cemitério. Elas, com muito medo, entraram para pegar a bola. Passando pelo meio dos túmulos, as meninas avistaram um bem chamativo. Em cima dele tinha quatro bonecas, todas muito lindas. 

As meninas muito encantadas com as bonecas, porém, também com muito medo, estavam em dúvida se as levavam embora. Mas. a beleza das bonecas falou mais alto. Então, resolveram pegar uma, achando que não iria fazer falta. Já estava escurecendo e as meninas, com medo, saíram correndo dali, com uma das bonecas. Foram para a casa, pois suas mães já estavam preocupadas. 


Chegando a hora de dormir, naquela noite, elas dormiram na casa de uma das amigas. De repente, as três juntas escutaram um vento muito forte, passos e vozes de alguém falando:
- !Devolvam a minha Dindinha! Devolvam a minha Dindinha! Devolvam a minha Didinha!
As meninas, assustadas, gritaram bastante! A voz, cada vez mais, aumentava. Pratos caiam na cozinha, fazendo ainda mais barulho. O dia amanheceu. As meninas, ainda muito amedrontadas,  voltaram ao cemitério e colocaram a boneca de volta no túmulo. A amiga onde aconteceu isso, mudou-se de casa, por conta do medo pelo que tinham  passado. A três levaram uma lição para a vida toda: nunca devemos pegar as coisas de ninguém sem pedir, mesmo que sejam dos mortos.

Jhennifer Bonetti - 1C - EE Luzia de Abreu

VAGANDO NA LUA DE MEL

Numa cidade não muito grande havia uma família problemática. Um casal e uma filha de 15 anos. Seus país judiavam muito dessa menina e ela sonhava em casar-se. Mesmo numa casa de 12 cômodos, era realmente como uma prisão. Ela não podia sair. A escola, não ia e nunca foi. No dia do seu aniversário, fugiu de casa, pois pretendia se casar. Ela era apaixonada pelo filho do jardineiro. Sua mãe foi atrás da menina e quando a encontrou, bateu muito nela e disse:
-Você não sairá nem no jardim. Nunca mais! 


Muito boa na costura, a moça fez o próprio vestido de noiva. Um dia conseguiu ver o filho do jardineiro e planejaram, na noite seguinte, que por amor, iriam lutar e iriam se casar. Passou-se mais um dia de maus tratos. A noite do dia seguinte chegou e ela com seu vestido branco. Véu no rosto, salto alto, esperava seu amado. Mas, o que ela não sabia, era que teu futuro marido, vindo para casar-se com sua amada, bateu o carro e havia morrido. Ela então se trancou no quarto, ficou 3 dias esperando-o. Não saia do quarto para nada. Ela achou que ele tinha abandonado-a e acabou enforcando-se, em seu próprio quarto.



Seus país saíram à procura dela e não imaginavam que estava ali, trancada no quarto, com a corda em seu pescoço. Eles achavam que sua filha havia fugido novamente e trancado o quarto, pois sua mãe gritava e não havia respostas. Nunca encontraram-na e o quarto permanece trancado. Seus pais acabaram morrendo por conta da idade. Todas a pessoas que moraram naquela casa, viram  a noiva caminhado pela casa. Ainda hoje escutam passos de salto alto. Muitos acreditam que ela ainda vaga pela casa, pois o seu corpo não foi encontrado. Acreditam também que ela ainda está à espera do seu amado, como sua mãe mesmo disse:

- Nem no jardim sairá, nuca mais!


Larissa Beatriz - 1C - EE Luzia de Abreu

       

O ÚLTIMO RÉQUIEM

Era uma vez um barão rico, dono de várias propriedades e seu maior sonho era escutar o réquiem quando morresse. Mas, o destino não quis assim. O pobre barão morreu de infarto, humilhado na rua e sua ultimas palavras foram:

- Visitarei o próximo dono de minhas terras, séculos à frente e este será atormentado por mim e seus pecados dele.


O barão mais rico do do Vale do Ribeira, que ostentava dinheiro e humilhava a todos, ficou com as terras do seu antecessor. Até que um dia, um homem misterioso bateu à sua porta e disse:
-Quero que faça um réquiem para mim, meu caro barão!
-Saia daqui, seu velho imundo!
-Maldito! Ainda será atormentado por mim e por seus pecados.
Todas as noites o tormento vinha em sonhos. Via o próprio diabo, torturando-o. Via seus piores pecados: a ambição, a preguiça e a gula. O coitado falava que via demônios em seus sonhos e aquele velho - que bateu à sua porta - dando risada dele.

Até que um dia, atendeu ao pedido do velho e a orquestra sinfônica da cidade foi tocar o réquiem, de Mozart. Terminando o réquiem o barão esnobe começa a passar mal e fala a sua esposa:
- Vejo o fogo! Sinto ele me queimar! A condenação eterna está a caminho!
O mesmo velho aparece gargalhando e olhando para o homem que sofria e diz:
-Seus pecados! Sim, s seus pecados! Você não se rendeu à salvação! Escolheu a perdição e agora é tarde demais.
O homem diz :
-Senhor, vejo o próprio diabo! Onde errei ?
-A sua riqueza te levou a seus erros. Você humilhou e não ajudou ninguém e ainda queria mais!
O homem via sua condenação passar na eternidade, no limbo do inferno, mas nada podia fazer. O fogo já o aguarda. Era tarde demais. Via os demônios com seus tridentes, suas gargalhadas infernais, as máquinas de tortura a aguardá-ló já. Era tarde demais.

David Carvalho - 1C - EE Luzia de Abreu

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O BOI E O BOIADEIRO

Em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, havia uma grande fazenda, de um fazendeiro muito rico, com muitas cabeças de gado. Entre eles, havia um boi muito bravo e radical, o preferido. Certo dia quando o boiadeiro que trabalhava na fazenda foi levar o gado para o pasto, o boi bravo, desviou do caminho e entrou em uma mata. O boiadeiro montado em seu cavalo foi atrás. Depois de várias horas correndo atrás do boi, o boiadeiro já nervoso xingava e gritava:
- Até no inferno que você for eu irei te buscar! 
O boi continuou correndo por um tempo, até pular dentro de um buraco e o boiadeiro no cavalo, pulou atrás. E até hoje ninguém teve notícia de nenhum dos três. Muitos dizem que aquele buraco era o caminho para o inferno.

Cirila Turíbio - 1º D - EE Prof. Luzia de Abreu